Festival de Teatro 2015

Categoria Infanto-juvenil – Indicações

MELHOR ILUMINAÇÃO

  • CLUB ATHLETICO PAULISTANO – A CARROÇA MÁGICA – ROBERTO GOTTS

MELHOR FIGURINO

  • CLUB ATHLETICO PAULISTANO – A CARROÇA MÁGICA – J. C. MONTEIRO

MELHOR ATOR COADJUVANTE

  • CLUB ATLETICO PAULISTANO – A CARROÇA MÁGICA – LUIZ FERNANDO ALBUQUERQUE

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

  • CLUB ATHLETICO PAULISTANO – A CARROÇA MÁGICA – THAIS FRIEDMANN

Categoria adulto – Indicações

MELHOR ILUMINAÇÃO

  • CLUB ATHLETICO PAULISTANO – DOMINA NOSTRA AMAT – ROBERTO GOTTS

MELHOR ATOR COADJUVANTE

  • CLUB ATLETICO PAULISTANO – DOMINA NOSTRA AMAT – GUSTAVO FLÓ

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

  • CLUB ATHLETICO PAULISTANO – DOMINA NOSTRA AMAT – GABRIELA CAVENAGHI

ATOR REVELAÇÃO

  • CLUB ATLÉTICO PAULISTANO – DOMINA NOSTRA AMAT – THOMAZ ZATZ

MELHOR ESPETÁCULO

  • CLUB ATHLETICO PAULISTANO – DOMINA NOSTRA AMAT

Considerações dos jurados

Gostaríamos de agradecer pela nossa participação no Festival, pois do início ao fim do trabalho de julgamento passamos por um processo equilibrado, interessante e, sobretudo muito produtivo em termos da  discussão e reflexão das diversas questões que envolvem o fazer teatral.

O trabalho correu tão bem, que ao final gostaríamos de abrir um diálogo com a ACESC, no sentido de colaborar para que o Festival avance cada vez mais no aprimoramento dos Grupos Teatrais de todos os clubes participantes.

Temos algumas sugestões que poderiam ajudar:

  • Que as peças sejam apresentadas todas no 2° Semestre do ano, pois a distância entre elas é prejudicial para o julgamento, mesmo com todas as nossas anotações, embora saibamos que para alguns clubes, por conta de suas agendas, às vezes isso se torna impossível, mas por outro lado se não for exigido as exceções serão cada vez maiores transformando o Festival num evento de ano inteiro, o que descaracteriza a própria ideia de Festival.
  • É importante também que a agenda das apresentações dos espetáculos, seja concluída desde o início, sem mudanças de última hora, exceto em casos extremos, para que o júri possa se organizar para seu trabalho. Como sabemos que as inscrições terminam em Agosto, em Setembro as datas já estarão fixadas, o que ajuda para a agenda de todos.
  • As fichas de notas, elas nos ajudam no sentido de anotarmos logo após a apresentação do espetáculo para fixar o nome dos atores, porque são muitos, às vezes num só espetáculo, e a medida que as peças vão se sucedendo o acúmulo é grande. E isso poderia estar organizado nos folders (aliás, muito bem feitos) que os clubes produzem, mas é fundamental que seja regra, que na ficha de elenco esteja o nome do ator/atriz e o(s) personagem (s)que representam, alguns fazem assim e outros não, seria de grande valia que isso fosse uniformizado. Por outro lado muitas delas traziam dois ou mais atores protagonistas, o que é um erro dramaturgicamente falando, pois num texto dramático, ou de comédia sabe-se desde Aristóteles, que um texto teatral traz um protagonista e um antagonista, e inúmeros coadjuvantes. Quando o texto é épico a questão do protagonista é tratada de outra maneira, porque a estrutura é outra, mas mesmo assim o personagem da fábula épica que centraliza a questão do texto é o protagonista, ele e só ele. Há exceções, mas são raras e não foi o caso aqui, em algumas fichas tínhamos até dois ou três protagonistas, quando não era o caso.
  • Estamos produzindo os relatórios de cada espetáculo e sugerimos que sejam entregues para cada grupo, e não todos para todos, pois entendemos que o que está escrito se refere somente ao grupo teatral que apresentou o espetáculo, com o qual conversamos no final, fizemos perguntas, demos uma devolutiva do trabalho e o relatório é o final desse processo. Não vemos porque todos tenham que ler sobre todos, isso nos soa como uma ingerência no processo de trabalho de cada um, só dando conta da apreciação do júri, para quem não vivenciou todo o trabalho e, portanto não corroborando para o crescimento de cada núcleo. Embora entendemos que isso se dê pela preocupação de manter uma transparência, na verdade acaba propiciando uma desagradável situação entre os elencos. Esse procedimento cria mais problemas que soluções.
  • Queremos esclarecer que os prêmios que não foram nominados se deram única e exclusivamente, por não existirem atores/atrizes que se encaixassem na categoria, sendo que muitos que estavam como atores/atrizes protagonistas e não exerciam esta função no espetáculo, ou ainda por entendermos que não devessem ser escolhidos. Isso se deu neste ano, especialmente na categoria infanto /juvenil cujo número de espetáculos foi muito reduzido.
  • Queremos salientar que esta edição do Festival, apresentou iniciativas de uma bem vinda experimentação em novas linguagens teatrais, mais contemporâneas, mais arrojadas do ponto de vista da arte teatral em si, menos preocupadas em satisfazer o gosto do público, que por conta da televisão e do cinema está muito acomodado em esperar do teatro só a linguagem naturalista, o que é uma camisa de força, se levarmos em conta que estamos no século XXI e o naturalismo foi consagrado no teatro no século XIX. Já de muito o teatro que se assiste em geral trabalha outros caminhos. É louvável a iniciativa de alguns clubes em apresentar outras possibilidades da linguagem cênica, torcemos para que essa “coragem” seja seguida por outros.

Enfim estas são algumas ideias que nos ocorreram durante esse trabalho, vem a título de sugestão, e espero que sejamos compreendidos, no sentido de que nos sentimos na obrigação de partilharmos com a Acesc o que achamos que ser pertinente ao aprimoramento deste ótimo trabalho mantido pelos clubes de São Paulo, para o teatro brasileiro, e para essa Arte que nos é tão cara.

Muito obrigado.

Jurados do Festival da Acesc de 2015

Os Jurados

JURADO 01: LUCIA CAPUANI

Lucia Capuani é atriz e diretora teatral. Depois de aprovada na EAD/USP em 1971 iniciou sua trajetória profissional como atriz no espetáculo Peer Gynt de Ibsen, sob a direção de Antunes Filho. Daí pra frente trabalhou como atriz e assistente de direção com Antunes, Abujamrra, Silney Siqueira, entre outros e em mais de um espetáculo. Teve o prazer de ser convidada, para uma assistência de direção, por Paulo Autran, quando dirigiu O Homem Elefante em 1981. Esses dez anos de trabalho considera como sua formação, a partir daí continuou trabalhando como atriz – os efeitos do Raio Gama nas Margaridas do Campo- dir. Abujamrra, Ricardo III – 1a assistente para Antunes Filho – como atriz em Madame Pommery – dir Abujamrra, com atriz em Perdoa-me por me traíres – de Nelson Rodrigues– dir Tácito Rocha, enfim por mais de uma década continuou a atuar e trabalhar como assistente de direção. Em 1997 agregou às suas atividades participar do Projeto Ademar Guerra – da Secretaria de Estado da Cultura, trabalho de orientação a grupos amadores do interior e da capital do estado. Essa atividade foi de grande interesse para ela, pois orientou mais de 15 grupos teatrais em diversas fases de desenvolvimento. Também participou como atriz em televisão no Grande Teatro 2 – da TVCultura, e inúmeros filmes publicitários. Na década de 90 fez o curso de graduação na FFLCH- USP de Linguística e Semiótica e a partir de 2000 é professora da FPA- Faculdade Paulista de Artes, entre outras disciplinas destacamos: História do Teatro Brasileiro I e II. Entre 2004 e 2010 foi diretora teatral do Esporte Clube Sírio. Nos anos de 2008/10 defendeu mestrado na ECA-USP e por esses anos também foi jurada convidada de diversos festivais de teatro no interior e na capital, inclusive fez parte do primeiro júri da Acesc. Atualmente, além das aulas na FPA, é professora da Oficina dos Atores, e orientadora artística do Grupo teatral TPC- Teatro Popular de Comédia e da Escola Livre de Teatro do mesmo Grupo em Ribeirão Preto-SP há dez anos.

JURADO 02: MARCELO RIVANI

Formado em Psicologia e especializado em Psicanálise Iniciou a carreira artística em 1979 no espetáculo A Mandrágora de Maquiavel. Durante sua trajetória artística atuou em 05 novelas como Ossos do Barão, Sangue do meu sangue, As pupilas do Sr. Reitor, Dance, dance,dance e vários comerciais para TV. Em Teatro é Professor, Diretor e Ator, ganhando vários prêmios reconhecidos pela APCA. Em 2002 e 2004 recebeu o premio de melhor ator protagonista com os espetáculos 13 a mesa e Morre um gato na China, respectivamente.

JURADO 03: NÍVEO DIEGUES

Ator, Diretor e Professor de Teatro Graduado em Artes Cênicas, cursou EAD/ECA/USP, Especialista em Psicodrama Socioeducacional pelo Instituto Sedes Sapientiae/SP. Atuou em diversos espetáculos teatrais desde 1983 , entre eles destacamos Santidade de José Vicente com direção de Fauzi Arap, Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues, com direção de Zé Celso Martinez Correa , Laços Eternos de Zibia Gasparetto e Ana Maria Dias com direção de Renato Borgui, Ciganos, O Povo Invisível com texto e direção de Reinaldo Santiago, A Sopa de Pedra de Tatiana Belinky com direção de Antonio de Andrade, O Grande Grito de Gabriela Rabelo com direção de Zé Renato, Como o Vento de Ronaldo Ciambroni com direção de Neusa Maria Faro, Dentes Guardados, Medusa de Rayban e Fuck you Baby, com texto e direção Mario Bortolotto, Castro Alves Pede Passagem de Gianfrancesco Guarnieri com direção de Jair Aguiar, Uma lição longe demais de Zeno Wilde com direção de Eliel Ferreira, Os sete gatinhos de Nelson Rodrigues com direção de Moisés Miastkwosky, O Mambembe de Arthur Azevedo direção Jair Aguiar, O Doente Imaginário de Molière com direção de Kleber Montanheiro, Crônicas para Cavaleiros e Dragões de Paulo Rogério Lopes e direção de Kleber Montanheiro entre outros. Na TV atuou em algumas produções entre elas Razão de Viver (novela) e A Justiça dos Homens (seriado) ambas no SBT, Recomeçar e A Filha do . . . ambas na TV Record, A Verdadeira História de Papai Noel e Irmã Catarina na Band(TV Século XXI), Os 12 Apóstolos , Via Sacra e A última semana na TV Gazeta/TV Século XXI e RA TIM BUM na TV Cultura. Estudou Interpretação para TV e Cinema com Luiz Antonio Pillar. Em cinema atuou nos Longa Metragens Papo de Boteco e Botinas no Elevador, no Média Metragem Andaluz e nos Curtas Caroço de Azeitona, O Escorpião e o Sapo entre outras participações em Curta e Média Metragens. Leciona Teatro há 27 anos (1987), em diferentes Projetos e Entidades, tais como Oficinas Culturais, Casas de Cultura, Bibliotecas Públicas, Centros Culturais, Unidades do SESC e do Sesi, Escolas Particulares e Unidades da Fundação CASA em São Paulo, Cidades do Litoral e Interior do Estado. Coordenou durante dez anos o Núcleo de Artes Cênicas do Sesi/SP (Zona Leste) onde ensinou teatro, coordenou eventos, grupos e dirigiu os espetáculos de diferentes grupos/alunos que se formaram naquele Núcleo. Atualmente Coordena o Projeto Teatral do Grupo Educacional Drummond, onde também promove e dirigi os Espetáculos Teatrais, formando novos atores e principalmente novas plateias para o Teatro em São Paulo. Coordena e Dirigi desde 2012 as Unidades de Sorocaba, Jundiaí e Pinheiros – SP da OFICINA de ATORES, curso de Teatro com Unidades em todo Brasil onde forma atores através da Prática Teatral e Montagem de Peças.